
Instrumento de reivindicação das minorias, a CPI dos Pólos de Pedágio acabou engessada por uma maioria desinteressada em desvendar os pontos obscuros, de um programa criado a partir da incapacidade de investimentos por parte do Estado.Sob o pretexto de conservar estradas, mas sem prever investimentos, o Programa de Concessão Rodoviária permite que os recursos arrecadados com a cobrança de altas tarifas, acabem privilegiando grupos que, através de um processo licitatório duvidoso, se apoderaram de rodovias, até então, pertencentes ao poder público.
Condenamos a prevaricação dos detentores de cargos públicos que foram omissos ao não aplicarem sanções às concessionárias de rodovias, que por sua vez, não cumprem suas obrigações contratuais e deixam de investir nos trechos pedagiados, colocando em risco o bem material e a vida dos usuários.Lamentamos a ausência de documentos que poderiam esclarecer dúvidas a cerca de despesas milionárias com consultorias, sendo estas, itens presentes na planilha de custos que compõem a base para cálculo da tarifa cobrada.Ao longo de quatro meses, membros da CPI ouviram depoimentos de participantes do processo de concepção do programa de concessão rodoviária, no entanto, a Comissão ficou sem as declarações dos gestores do referido programa, que com certeza, teriam subsídios importantes para que as dúvidas fossem esclarecidas.Refém do tempo e de um regramento normativo descontextualizado, a CPI conclui apenas a primeira etapa de um amplo debate, pois a sociedade não ficou alheia a esta causa, e almeja que um novo modelo de pedágio surja e contribua com o desenvolvimento do Estado, sem penalizar o cidadão.
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